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Medicina

Quais os tipos de câncer?

Quando mencionamos essa palavra, rapidamente todos os medos veem em mente, o mundo desaba e perdemos completamente a conexão com tempo e o espaço.

Alguns tem receio ate de pronunciar essa palavra, como se ela fosse proibida; e é perfeitamente normal que as pessoas me perguntem na primeira consulta que tipo de “câncer” elas tem, afinal partimos desse ponto para definir os movimentos seguintes do diagnostico e tratamento.

A primeira confusão se dá na pergunta: é câncer maligno ou benigno?

Então, Por definição, toda proliferação celular descontrolada é uma espécie de câncer, mas essa palavra costuma carregar o adjetivo maligno como sombra.

As proliferações celulares, chamadas de neoplasias, que se enquadram no termo benignas, correspondem a grupos celulares que ainda respeitam algumas regras da boa convivência celular, se é que podemos fazer essa comparação.

Basicamente, neoplasias benignas não tem a capacidade de invadir tecidos adjacentes ou se “espalhar”, como costumeiramente a população entende por metástases.

Então quer dizer que neoplasia benigna é algo bom, seguro? nem sempre…

Nesses tipos de tumores, a velocidade de crescimento e a localização farão toda a diferença na escolha do tratamento.

Via se regra, tumores benignos não respondem bem à quimioterapia ou à radioterapia, e a necessidade de cirurgia vai depender do órgão alvo em que ele esta localizado.

Vejam que mesmo nos casos “benignos” precisamos reconhecer o tipo de tumor e estabelecer um planejamento.

Temos como exemplo, os miomas uterinos, são benignos e a maioria das vezes assintomáticos; pois se assemelham a bolotas de tecido uterino com padrão “normal”.

Sua presença é detectada por exames de imagem e, se a mulher não apresentar sintomas, podem ser apenas observados, mas diante de um sangramento anormal ou da necessidade de gestação, eles podem ser motivos de tratamento.

Outro exemplo, um tipo de tumor cerebral chamado meningeoma, que é benigno por definição, pode ser catastrófico se sua posição nobre, dentro do crâneo, o denunciar com sintomas de compressão cerebral.

 Então o que muda para os “malignos” ?

Esses por sua vez, não respeitam as regras de convivência com os vizinhos, em algum momento invadem tudo ao redor e emitem representantes como invasores em outros órgãos, as temidas metástases.

Neoplasias desse tipo, por apresentarem proliferação desordenada, são alvo de drogas quimioterápicas e radioterapia, além da cirurgia.

Aqui o jeito é identificar precocemente o tipo de tumor e aonde ele pode ter se localizado, e tudo isso faz parte do planejamento.

Pacientes bastante preocupados, beirando o desespero, me procuram nessas situações desejando resolver tudo rapidamente. Perfeitamente compreensível, mas esse é o momento de respirar fundo, colocar os pés no chão, fazer o diagnostico correto e verificar a condição clinica do paciente para fazermos juntos uma boa escolha.

Nessa etapa, os exames de sangue e de imagem quase sempre são fundamentais para tomarmos essas decisões que vão impactar pelo resto da vida; infelizmente isso tem que ficar bem claro e evidente, pois realmente estaremos lutando pela vida.

Enrtào, continuando o raciocínio, mesmo entre os canceres malignos, existem os piores e os mais amistosos, mas todos são perigosos, e entre eles alguns apresentam melhores respostas ao tratamento.

Alguns são extremamente agressivos, como melanomas, sarcomase  tumores de pulmão, cuja percentagem de cura esta diretamente ligada ao diagnostico precoce e boas escolhas de tratamento, caso contrario fica difícil conter essas doenças quando metastáticas na apresentação.

Alguns outros, como tumores de ovário, mesmo em etapas avançadas, podem ter uma chance ótima de cura, pois quase sempre são sensíveis a quimioterapia e prontamente tratados com cirurgia associada.

Enfim, poderíamos citar centenas de exemplos, pois são inúmeros os tipos de câncer e infindáveis suas características, mas cada um deles apresenta suas particularidades que precisam ser definidas com o máximo de precisão possível. Atualmente a área de oncologia preza por esse sistema, algo mais individualizado e com maior precisão para alcançar as melhores chances de cura, para cada tipo de câncer, para cada paciente.

Daniel Rech
CIRURGIÃO ONCOLÓGICO
CRM 24166 / RQE 19815 – 19814

https://www.instagram.com/dr.danielrech/

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